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Outubro Rosa, prevenção e autocuidado!




Outubro Rosa é sinônimo de autocuidado e de prevenção. Contudo, essas palavras precisam fazer parte do cotidiano das mulheres todos os meses. Isto porque a descoberta dos cânceres de mama e do colo do útero no início, aumenta as chances de cura. Assim, é, portanto, fundamental para o tratamento.

“Quando você faz um diagnóstico precoce, tanta no colo como na mama, existe uma chance extremamente alta de que as pessoas fiquem curadas”, reforça o ginecologista Dr. Ernesto Valvano (CRM/SP 48.716) sobre a importância do tema.

O médico é especialista em reprodução humana assistida e integra a equipe do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba (CRHP).

Com o objetivo de conscientizar para o controle do câncer de mama e, mais recentemente, do colo do útero, o movimento Outubro Rosa, foi criado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure no início da década de 1990.

E, como resultado de sua popularização, muitas instituições, durante o mês, compartilham informações para permitir o esclarecimento sobre o tema e, consequentemente, proporcionar maior acesso ao diagnóstico e tratamento.

Da mesma forma, o CRHP, assim como em anos anteriores, se junta à essa causa fundamental.

Sintomas

Um dos desafios para a prevenção do câncer do colo do útero é que é uma doença de desenvolvimento lento. Sendo assim, não apresenta sintomas na sua fase inicial. Como resultado, muitas mulheres não se dão conta do problema e, consequentemente, não procuram por auxílio médico. Nas situações mais avançadas, pode acontecer sangramento vaginal irregular ou após a relação sexual. Além disso, são sintomas também, a secreção vaginal persistente que não cessa, bem como, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Já o câncer de mama, pode ser percebido nas fases iniciais. Na maior parte das situações, os sinais incluem: nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

Ao percebê-los, é importante procurar seu médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

Prevenção

De acordo com o ginecologista Dr. Ernesto Valvano, 97% dos casos de câncer do colo do útero são causados pelo vírus do papiloma humano, o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano).

Os causadores da doença não são todos e são conhecidos como “tipos oncogênicos”. Quando presentes, e não tratados, causam alterações celulares que podem evoluir para o câncer de colo.

O vírus papiloma é classificado por números e os de número 6, 11, 16 e 18 são contemplados na vacina do HPV, indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

É importante lembrar que fatores comportamentais também devem ser levados em conta. Iniciar a atividade sexual muito cedo e ter múltiplos parceiros sem proteção são exemplos de risco de infecção. Além disso, o tabagismo é também um fator para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.

O câncer de mama, entretanto, pode ter múltiplas causas. A idade é um dos principais fatores de risco, porém, atitudes comportamentais, histórico familiar e história reprodutiva hormonal, também têm impacto nessa conta.

Manter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas, evitar cigarros e o consumo exagerado de álcool contribuem para a estratégia de prevenção da doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022. E o estudo aponta a obesidade como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos mais frequentes na população brasileira.

Nas mulheres, diz o estudo, sem contar o não melanoma, os mais incidentes serão os de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%).

Detecção precoce

Como já falamos, o câncer do colo do útero pode ser assintomático no início. Por isso, a importância da prevenção e da detecção precoce. O exame do Papanicolau permite identificar as alterações celulares provocadas pela presença dos tipos oncogênicos do HPV.

Ele pode ser realizado todo ano por mulheres a partir dos 25 anos, quando têm ou já tiveram relação sexual. Se a paciente apresentar dois resultados consecutivos negativos, pode passar a realizá-lo a cada três anos.

Para detecção do câncer de mama, no Brasil, a mamografia é indicada a partir dos 40 anos e deve ser feita todos os anos. Se houver histórico da doença na família, no entanto, a investigação precisa começar mais cedo: dez anos antes da idade na qual a familiar a desenvolveu.

Além do acompanhamento, é importante que as mulheres fiquem atentas à saúde das mamas. Nesse sentido, a orientação é apalpá-las uma vez ao mês. Isso deve ser feito após a menstruação. “Porque é um período em que ela vai perceber melhor”, explica o ginecologista.

O câncer de mama, habitualmente, ocorre em mulheres com mais de 50 anos. Mas, há muitos casos em pacientes com menos idade.

“Quando você vê uma mulher com câncer de mama mais jovem do que isso, já é um câncer muito precoce”, avalia o médico.

Tratamento

O tratamento para ambas as doenças varia de acordo com o estadiamento delas. Ou seja, do estágio da evolução, extensão e das características do tumor, além de fatores pessoais. Se a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial de cura, além de ser menos invasivo.

No câncer de mama as possibilidades incluem tratamento local e sistêmico. A primeira delas diz respeito à cirurgia e a radioterapia (além de reconstrução mamária). Já a segunda, à quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

Já entre os procedimentos envolvidos na cura do câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e, em alguns casos, a eletrocirurgia.

Assim, a prevenção é, portanto, palavra-chave para uma boa recuperação em qualquer uma das situações. E é por isso que a atenção ao corpo é imprescindível. E você? já se cuidou hoje?

O Centro de Reprodução Humana de Piracicaba está instalado no Hospital Santa Isabel, graças a uma parceria com a Santa Casa de Piracicaba.

Jornalista responsável: Arlete Maria Antunes de Moraes. MTB 0084412/SP.

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