Diversos são os fatores que influenciam a fertilidade tanto feminina, quanto masculina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se possivelmente infértil o casal que, após 12 meses de tentativas sem o uso de contraceptivos, não alcança a gravidez. Estima-se que aproximadamente 15% da população global enfrenta dificuldades para ter filhos, sendo que em cerca de 30% desses casos, os motivos estão relacionados à infertilidade feminina.
Além da idade, algumas condições de saúde aumentam o risco de disfunção reprodutiva em mulheres, incluindo endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas uterinos, adenomiose, pólipos endometriais, abortos repetitivos, infecção por clamídia e trombofilia, e a idade, afinal sabemos que a quantidade de óvulos reduz gradativamente, principalmente após os 35 anos.
A avaliação da reserva ovariana consiste em um conjunto de exames com o objetivo de estimar o potencial reprodutivo da mulher em um determinado momento da vida. Suas indicações variam desde o diagnóstico de infertilidade até a escolha das técnicas de reprodução mais adequadas.
Selecionamos e respondemos às principais perguntas sobre reserva ovariana, confira:
O que é a reserva ovariana?
Reserva ovariana refere-se à quantidade de folículos (que contêm óvulos) armazenados nos ovários de uma mulher. Desde o nascimento, ela já possui um número fixo de folículos, produzidos durante sua vida intrauterina. Após o nascimento, não há mais produção de óvulos, e a reserva diminui gradualmente até a menopausa.
Se uma mulher planeja ser mãe ou está com dificuldades para engravidar, é crucial ter informações sobre sua reserva ovariana. Esses dados permitem que o médico avalie sua fertilidade.
Como a reserva ovariana muda com o tempo?
Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides durante toda a vida, as mulheres nascem com uma reserva ovariana determinada. Até a metade da gestação, uma menina tem cerca de 6 a 7 milhões de óvulos, reduzindo para 1 a 2 milhões ao nascer. A partir da adolescência, essa reserva diminui progressivamente, sendo consumida a cada ciclo menstrual.
A cada ovulação, aproximadamente 1000 folículos são recrutados, mas apenas um atinge o estágio final. Isso leva à gradual redução da reserva ovariana. Por volta dos 30 e 40 anos, o estoque de óvulos praticamente se esgota, diminuindo a fertilidade até a menopausa.
Qual a importância da reserva ovariana?
A reserva ovariana é crucial para quem deseja ser mãe, pois determina a capacidade reprodutiva. A queda significativa na reserva ocorre por volta dos 35 anos, e, nos 40, os óvulos liberados têm maior chance de defeitos genéticos, aumentando o risco de abortos.
Próximo a essa faixa etária, é aconselhável que as mulheres consultem um especialista para avaliar sua fertilidade.
Quando fazer o exame de reserva ovariana?
Mulheres com menos de 35 anos que não engravidaram após um ano de tentativas, e aquelas com mais de 35 anos que não engravidaram após 6 meses, podem considerar a avaliação da reserva ovariana. Também é indicado para quem passará por tratamento de reprodução assistida, congelamento de óvulos, cirurgia de retirada de cistos nos ovários, cirurgia de endometriose, ou tratamento de quimioterapia/radioterapia.
Quais são as opções de exame de reserva ovariana?
Existem três exames principais: ultrassonografia transvaginal, FSH basal e hormônio antimülleriano (AMH). A ultrassonografia visualiza os folículos, o FSH basal mede o hormônio estimulante dos ovários, e o AMH é um exame sanguíneo moderno que avalia a reserva ovariana.
O que indica uma baixa reserva ovariana?
Resultados como FSH > 10 Ul/L, CFA < 7 folículos nos dois ovários, e AMH < 1 ng/ml indicam uma baixa reserva ovariana. No entanto, é possível engravidar com baixa reserva, e a idade da mulher é um fator crucial.
É possível engravidar com baixa reserva ovariana?
Sim, é possível engravidar, mas a idade influencia. Mulheres mais jovens com baixa reserva têm melhores chances. Reprodução assistida, como a Fertilização in Vitro, pode acelerar o processo. O congelamento de óvulos é uma opção para preservar a fertilidade.
Quantos folículos são ideais para engravidar?
O ideal é ter pelo menos 6 folículos em cada ovário para boas chances de engravidar. Mesmo com um único folículo, é possível engravidar, embora mais difícil. A qualidade dos óvulos é crucial, especialmente em idades mais avançadas.
Quer saber mais sobre o tema ou avaliar a sua reserva ovariana? Fale conosco e agende sua consulta com um dos especialistas em reprodução assistida do CRHP.
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